Cascata do Pulo do Lobo
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Cascata do Pulo do Lobo
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Alentejo
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Mértola
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Parque Natural do Vale do Guadiana
Identificação e Acessos
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Sim
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Acesso:
- EN 122, direção a Corte Gafo de Cima e tomando a direção de Amendoeira da Serra /“Pulo do Lobo”. Após 9 km vire à direita no cruzamento que indica Amendoeira da Serra. Nesta localidade siga as indicações para o Pulo do Lobo até ao local de início de percurso que fica a cerca de 7 km desta aldeia.
GPS: 37.804136, -7.633481
Caraterização Base
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Atenção: trata-se de uma zona perigosa de ambos os lados do rio. Para quem viaja com crianças, todo o cuidado é pouco, pois não há gradeamentos de proteção. A vista mais espetacular é a da margem esquerda, embora, do lado oposto, se observe melhor a queda.
O Pulo do lobo é o ex-libris do Parque Natural do Vale do Guadiana. O nome terá a ver com a distância entre as margens do Guadiana, que aqui permite aos grandes mamíferos terrestres atravessarem o rio de um pulo. Em tempos idos, esta seria a única passagem que permitia o contacto entre as populações de mamíferos das duas margens. Com efeito, aqui o rio corre mais estreito entre as paredes rochosas da Corredoira.
A cascata do Pulo do Lobo evidencia a mais recente etapa de escavamento do leito do rio do Guadiana. O máximo escavamento teve lugar há cerca de 20.000 anos, relacionados com o baixo nível do mar durante a última glaciação. A incisão do leito fez-se num patamar ou terraço rochoso bem conservado, correspondente a um leito do rio antigo. A cascata evidencia também o importante controlo exercido pelos duros quartzitos na evolução, para montante, deste processo erosivo. Para além do valor científico do geossítio, acrescem ainda reconhecidos valores estético e cultural.
Nesta área podem-se observar aves que nidificam em rochedos (aves rupícolas), como a Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris) nos seus voos acrobáticos em busca de insetos, a Cia (Emberiza cia) e o Melro-azul (Monticola solitarius), pousados nas rochas, admirar o voo de uma Cegonha-preta (Ciconia nigra) ou mesmo da Águia-real (Aquila chrysaetos). Quanto ao Bufo-real (Bubo bubo), a maior ave de rapina noturna do mundo, espera pela noite numa cavidade da rocha do vale do Guadiana. Em torno, o matagal mediterrânico enche o ar de cores e cheiros.
O que nos é dado observar é, pois, muito mais do que a passagem vertiginosa do rio entre margens rochosas - subitamente tão estreitas que estariam ao alcance de um "pulo” -, e a sua espetacular precipitação numa queda de quase 14 m sobre o sereno pego do Sável, é a clara e rara visão de épocas geológicas distintas, correspondentes à formação dos dois leitos do rio: o antigo, ampla plataforma esculpida na pedra por onde corria o velho Guadiana; e, cavado no seu interior, o novo leito, aqui com a forma de um extenso corredor retilíneo, com cerca de 12 km de comprimento, a que se chama, sugestivamente, a "corredoira”.
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Nacional
Infraestruturas

ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.
PR9 Entre o Escalda e o Pulo do Lobo
Alentejo

Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
Rota do vale do Guadiana
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