Rota do vale do Guadiana

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Este percurso inclui áreas que ficam fora do Parque Natural do Vale do Guadiana, sendo algumas Rede Natura 2000. As estradas são estreitas e algumas são em terra batida. Antes de ir ao Centro de Vale Gonçalinho faça a marcação, de modo a que possa ter uma visita guiada para observar aves. Nesse caso, conte com uma manhã para tal, pelo que, assim, esta rota demorará mais do que um dia. Em Castro Verde, procure a rotunda do minério e encontrará a saída que dá acesso à estrada com a indicação “Centro de Educação Ambiental Vale Gonçalinho”, trata-se da antiga estrada para Entradas que é paralela ao IP2. Ao fim de 6 km encontrará nova indicação, devendo percorrer mais 1 km em terra batida até ao CEAVG - Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho, De seguida, regresse a Castro Verde e siga pela N123, em direção a Mértola. Esta rota permite visitar alguns dos pontos de interesse do Parque Natural do Vale do Guadiana e arredores, desde o espetáculo natural do Pulo do Lobo (impressionante no inverno quando o rio tem mais caudal, mas sempre belo com as suas marmitas de gigante e as aves que por ali passam e vivem, das andorinhas-das-rochas à cegonha-preta e rapinas), até à paisagem industrial da mina de S. Domingos, antiga exploração de pirites. Do museu de Mértola com os seus vários núcleos e do festival islâmico, até ao antigo porto mineiro do Pomarão, passando por capelas e geossítios, sempre com as aves em vista, das abetardas, sisões, cortiçóis e tarambolas-douradas, aos francelhos, abelharucos, rolieiros, calhandras-reais e sem esquecer os picanços, grifos, milhafres-reais e outras aves de rapina. Note que várias destas espécies são migradoras, pelo que não estão na região durante todo o ano. Entre outras localidades esta rota passa por São Marcos da Atabueira, Amendoeira da Serra (aqui siga as indicações para o Pulo do Lobo), Corte Gafo de Cima e Corte Gafo de Baixo. Nesta última pode fazer um percurso pedestre por uma paisagem de montado de azinho que dá lugar a densas manchas de matagal mediterrânico à medida que o relevo se acentua e a planície dá lugar às escarpas do rio Guadiana. A vegetação ripícola (i.e. associada aos cursos de água) favorece o aparecimento de espécies de aves próprias destes habitats. Passa ainda por Mértola, barragem dos Corvos, Corte Pequena (pequeno povoado de origem medieval), pela ermida da Sra. do Amparo, antiga ermida de S. Brissos, numa pequena elevação (246 m) e miradouro privilegiado para a contemplação e interpretação da paisagem. Para terminar visita a mina de S. Domingos e o antigo porto mineiro do Pomarão, retomando a Mértola. Marmita de gigante – buraco geralmente arredondado, no leito de um rio, provocado pela ação erosiva das pedras ou areia em turbilhão.