• Estas arribas litorais quase verticais são construídas por camadas alternantes de rochas sedimentares formadas há muitos milhões de anos, no Cretácico, quando o nível do mar se encontrava muito acima do atual. Nelas são bem visíveis as marcas da erosão: as margas são mais brandas, isto é, mais susceptíveis à erosão provocada pelos agentes físicos (chuva, diferenças de temperatura e, principalmente, as ondas); os calcários são mais duros e resistentes. Esta diferenciação, aliada à fraturação vertical, cria blocos que acabam por se destacar da arriba e cair, provocando o seu recuo natural e progressivo. Uma arriba assim em permanente evolução natural é uma arriba viva.

     

    Estas arribas são colonizadas, de modo disperso, por funcho-marítimo e alguns limónios e muitas aves ali nidificam, pois os ninhos ficam a salvo dos predadores.

     

    As faixas rochosas ou arenosas na zona entre-marés, praticamente despidas de vegetação superior, apresentam uma elevada densidade faunística, em que os organismos apresentam com adaptações especiais, nomeadamente resistência à exposição solar, ao ar, ao soterramento, à submersão e à dinâmica da ondulação.

     

    Nas plataformas litorais elevadas, em substrato silicioso, encontram-se matos baixos, mais ou menos densos, dominados por tojo-gatunho (Ulex densus), trovisco-fêmea (Daphne gnidium), roselha (Cistus crispus), carrasco (Quercus coccifera), cravina-brava (Dianthus cintranus um pequeno cravo selvagem que apenas existe na zona de Sintra), erva-coentrinha ou cenoura-brava (Daucus carota ssp. halophilus), sargaço (Cistus psilosepalus), baracejo ou garacejo (Stipa gigantea) e açafate-de prata ou erva-dos-unheiros (Paronychia argentea).

     

    A bênção do mar decorre no dia em que se festeja S. Lourenço (10 de agosto ou no domingo mais próximo), que aqui tem uma capela erigida em seu nome. Nessa festa tem lugar uma procissão com o andor do santo e o de Jesus Cristo, este transportado por pescadores e seus familiares descalços, e que percorre as mais importantes ruas da localidade até ao miradouro sobre o mar, onde o prior abençoa o mar, os barcos de pesca e os seus heróicos pescadores.

  • Lisboa e Vale do Tejo

  • Sintra

  • Parque Natural de Sintra-Cascais

  • Sim

  • Acesso a partir de:

    Sintra (± 10 km) pela N247. Continue para a R. 25 de Abril, seguindo para a Várzea de Sintra. Siga pela Estrada António Henriques Rodrigues Maximiano, Estrada de Janas. Em Janas siga para as Azenhas do Mar pela R. do Pinhal e tome a Av. Luís Augusto Colares para ir ao miradouro.

     

    Miradouro GPS: 38.838856, -9.463513

     

    Capela de S. Lourenço GPS: 38.838289,- 9.4625777

  • Turístico

  • No litoral.

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  • 10 de agosto ou no domingo a seguir participe na festa em honra de S. Lourenço.

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