Salvaterra do Extremo (monumentos, canhão do Erges e aves)

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Salvaterra do Extremo, anteriormente chamada de Salvaterra da Beira, foi vila e sede de concelho entre 1229 e 1855. Teve foral em 1229 por D. Sancho II, o seu castelo terá sido erguido no reinado de D. Afonso III e, em 1290, foi muito intervencionado por ação de D. Dinis. No séc. XVII teve uma fortaleza abaluartada (Guerra da Restauração), todavia, depois das Guerras Peninsulares, as muralhas foram, na sua maioria, desmontadas.

O concelho foi extinto em 1855 e integrado em Idanha-a-Nova, do qual é uma das suas freguesias. Conserva o pelourinho do séc. XVI, classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público, erguido no largo da Praça, junto de uma torre sineira e da antiga Casa da Câmara, ambas de raiz igualmente quinhentista. Destaque ainda para a igreja Matriz também classificada como Imóvel de Interesse Público e que tem na capela-mor um altar em talha dourada, e para a igreja da Misericórdia (MIP - Monumento de Interesse Público). No sopé da encosta, nos campos da Devesa, observe o chafariz de meados do séc. XVIII com um baixo-relevo das armas reais.

Nesta localidade poderá fazer o percurso pedestre circular designado “Rota dos Abutres”, com ponto de partida e chegada junto à igreja matriz, uma extensão de 10,5 Km, nível de dificuldade baixo a médio, com uma duração de 3 a 4 h. A cerca de 1 km da igreja matriz, junto ao antigo posto da Guarda Fiscal fica um observatório de aves. De entre as aves tente ver os Grifos (Gyps fulvus), o Britango ou Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus), o Abutre-preto (Aegypius monachus espécie criticamente em perigo), a Águia-de-bonelli (Aquila fasciata), a Águia-cobreira e a Cegonha-preta (Ciconia nigra). Mantenha-se atento aos céus, pois poderá encontrar alguma destas grandes aves planando.

Veja o canhão fluvial do rio Erges e, do lado de Espanha, o castelo de Peñafiel, lembrando antigas rivalidades.