Malpica do Tejo (paisagem e monumentos)

Partilhe as suas Imagens

Até 1952 a povoação chama-se apenas Malpica, continuando a não ser se saber quando foi fundada. Certo é que na Idade Média este território pertence aos Templários.

Esta é a maior freguesia do concelho de Castelo Branco, ali podendo visitar as Fontes Nova e Velha, a igreja de S. Domingos, a capela de S. Bento, as casas típicas em xisto, o forno de cal do Monte dos Cancelos, as sepulturas medievais e o Caminho do Rei ou caminhos de sirga, usados para puxar as embarcações no rio, também conhecidos como estradinha (a maioria dos caminhos ficou submersa pela barragem de Cedillo).

No Monte de S. Domingos, a nordeste da atual povoação, encontra-se  a capela da Senhora das Neves, envolvida por uma paisagem profundamente humanizada e precedida por um cruzeiro em pedra. Se tiver, leve binóculos e máquina fotográfica, pois dali avistam-se várias serras em Portugal e Espanha.

Anualmente, realiza-se aqui uma festa e romaria a 5 de agosto, ali havendo um parque de merendas. Segundo uma lenda local, Malpica do Tejo localizava-se, originalmente, próximo da ermida de Nossa Senhora das Neves e perto dela foram descobertos restos de cerâmica comum romana e moderna. Na vizinhança da capela foi ainda identificada uma sepultura antropomórfica, escavada em xisto com 1,9 m de comprimento, junto de um caminho. No Monte de S. Domingos foram também encontradas 2 estruturas circulares que se crê serem cabanas, do Bronze Final, sendo que, no subsolo da de maiores dimensões, instalou-se, pelo menos, uma sepultura de incineração.

Em Portugal e em termos geológicos, é nesta região que existem os sedimentos mais antigos (com mais de 600 milhões de anos), correspondendo aos depósitos de xistos e grauvaques do Grupo das Beiras nos quais se inclui a Formação de Malpica do Tejo.