Mata Nacional dos Medos
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No reinado de D. João V, foi mandada semear no topo da arriba, zona relativamente plana, a atualmente denominada Mata dos Medos ou Pinhal do Rei com o objetivo de proteger a área agrícola interior da progressiva invasão dos medos (lê-se "médos") ou dunas. Classificada como Reserva Botânica em 1971, a mata estende-se por cerca de 5 km entre a Descida das Vacas e a Fonte da Telha ocupando uma superfície de 340 ha, nela se podendo observar belos exemplares de pinheiro-manso e a sabina-da-praia, que ali adquire porte arbóreo.
Implantada em dunas interiores de constituição antiga, a sua altitude varia entre os 60 m (na crista da arriba) e os 110 m (cabo da Malha).
Apesar da sua origem artificial, possui hoje, um grande interesse botânico e paisagístico, sendo uma Mata Nacional. Ali predomina o pinheiro-manso (Pinus pinea), havendo também pinheiro-bravo (P. pinaster), pinheiro-de-alepo (P. halepensis) e acácias (originárias da Austrália e invasoras). Entre os arbustos dominam, principalmente na parte norte, o espinheiro-preto (Rhamnus lycioides ssp. oleoides), a aroeira (Pistacia lentiscus), a sabina-da-praia (Juniperus turbinata), que aqui atinge porte considerável, o carrasco (Quercus coccifera) e o medronheiro (Arbutus unedo). A sul, predominam o sanganho-mouro (Cistus salvifolius) e a roselha-pequena (C. crispus), o tomilho-do-mato (Thymus capitellatus), a perpétua-das-areias (Helichrysum italicum ssp. picardii) e o rosmaninho (Lavandula luisieri). Entre a vegetação típica da zona encontram-se o samouco (Myrica faya) e o cravo-das-areias (Armeria pungens). Em zonas perturbadas pelo pisoteio, encontra-se a espécie invasora chorão das-praias (Carpobrotus edulis).
A mata serve de refúgio a várias espécies de morcegos e outros mamíferos, caso da raposa, texugo, gineta e ouriço-cacheiro. Anfíbios (rãs e sapos), bem como répteis, ex. a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra), podem ser vistos por aqui.
A Mata dos Medos constituiu um lugar de recreio muito procurado por aqueles(as) que frequentam este troço litoral da península de Setúbal. Dentro da mata, estão marcados alguns trilhos, existindo também parques de merendas e miradouros, pelo que a observação da flora e fauna, a contemplação da estética do lugar, as árvores e os seus contornos, os aromas, os sons, as texturas e as brisas frescas podem ser aqui vivenciados.
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No reinado de D. João V, foi mandada semear no topo da arriba, zona relativamente plana, a atualmente denominada Mata dos Medos ou Pinhal do Rei com o objetivo de proteger a área agrícola interior da progressiva invasão dos medos (lê-se "médos") ou dunas. Classificada como Reserva Botânica em 1971, a mata estende-se por cerca de 5 km entre a Descida das Vacas e a Fonte da Telha ocupando uma superfície de 340 ha, nela se podendo observar belos exemplares de pinheiro-manso e a sabina-da-praia, que ali adquire porte arbóreo.
Implantada em dunas interiores de constituição antiga, a sua altitude varia entre os 60 m (na crista da arriba) e os 110 m (cabo da Malha).
Apesar da sua origem artificial, possui hoje, um grande interesse botânico e paisagístico, sendo uma Mata Nacional. Ali predomina o pinheiro-manso (Pinus pinea), havendo também pinheiro-bravo (P. pinaster), pinheiro-de-alepo (P. halepensis) e acácias (originárias da Austrália e invasoras). Entre os arbustos dominam, principalmente na parte norte, o espinheiro-preto (Rhamnus lycioides ssp. oleoides), a aroeira (Pistacia lentiscus), a sabina-da-praia (Juniperus turbinata), que aqui atinge porte considerável, o carrasco (Quercus coccifera) e o medronheiro (Arbutus unedo). A sul, predominam o sanganho-mouro (Cistus salvifolius) e a roselha-pequena (C. crispus), o tomilho-do-mato (Thymus capitellatus), a perpétua-das-areias (Helichrysum italicum ssp. picardii) e o rosmaninho (Lavandula luisieri). Entre a vegetação típica da zona encontram-se o samouco (Myrica faya) e o cravo-das-areias (Armeria pungens). Em zonas perturbadas pelo pisoteio, encontra-se a espécie invasora chorão das-praias (Carpobrotus edulis).
A mata serve de refúgio a várias espécies de morcegos e outros mamíferos, caso da raposa, texugo, gineta e ouriço-cacheiro. Anfíbios (rãs e sapos), bem como répteis, ex. a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra), podem ser vistos por aqui.
A Mata dos Medos constituiu um lugar de recreio muito procurado por aqueles(as) que frequentam este troço litoral da península de Setúbal. Dentro da mata, estão marcados alguns trilhos, existindo também parques de merendas e miradouros, pelo que a observação da flora e fauna, a contemplação da estética do lugar, as árvores e os seus contornos, os aromas, os sons, as texturas e as brisas frescas podem ser aqui vivenciados.
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Lisboa e Vale do Tejo
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Almada
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Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica
Identificação e Acessos
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Não
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Acesso a partir de:
- norte pela Costa da Caparica - rume a sul pela Estrada Florestal. Depois da subida dos depósitos da NATO, logo a seguir à localidade de Poço Novo, a mata começa a sul dessa localidade; ou
- sul pela Aroeira - siga pela Av. do Mar até ao fim (direção oeste – mar), cortando depois à direita para a N377 até ao Centro de Interpretação da Mata dos Medos.
Caraterização Base
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Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos ou Pinhal do Rei, Decreto nº 444/71, de 23 de outubro.
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Natural
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No topo da arriba fóssil.
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Pública
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Dicas
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Passeie nos caminhos da Mata e observe a flora. Disfrute da paisagem nos miradouros e utlize os parques de merendas.
Tome atenção que parte da Estrada Florestal da Fonte da Telha, que passa pelo meio da mata, é de acesso interdito. Não arrisque!
O abandono de cães é um problema para a vida selvagem. Cuide do seu animal e não alimente os animais vadios ou selvagens.
Centro de Interpretação da Mata dos Medos
Fonte da Telha
2825-494 CAPARICA
Telefone: (00351) 212 918 270
E-mail: ppafcc@icnf.pt