Rota no teto de Portugal Continental
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Em dias com neve, antes de efetuar este passeio, saiba se o acesso à Torre está aberto. As estradas deste percurso são relativamente estreitas, por isso tenha cuidado acrescido. Coloque a segurança em primeiro lugar! Praticamente todo o percurso está inserido no Sitio de Interesse Comunitário “Serra da Estrela”, incluído na Rede Natura 2000, e parte dele atravessa o Sítio Ramsar “Planalto da serra da Estrela e troço superior do rio Zêzere”, i.e. uma zona húmida de interesse internacional para as aves. O “Planalto central da serra da Estrela” é Reserva Biogenética, por isso, se tiver, faça-se acompanhar de máquina fotográfica e binóculos e tenha cuidado para não pisar as plantas nem afugentar os animais, afinal são eles que dão beleza à Estrela! Trata-se de um trajeto automóvel circular, pelo que pode ser iniciado em qualquer ponto. Aconselhamos a que o realize em diferentes estações do ano, dado que a serra é muito diferente com ou sem neve. A rota passa por Manteigas, Seia e várias aldeias de montanha, museus, geossítios e outros elementos naturais, paisagísticos e culturais, desenvolvendo-se principalmente em território dos municípios de Manteigas e de Seia, ao longo do planalto superior da serra da Estrela. Permite visitar alguns dos pontos mais emblemáticos da serra, como o planalto da Torre, o vale do Rossim, as Penhas Douradas, os vales glaciares do Zêzere e de Alforfa, a Nave de Sto. António, os Cântaros, o Covão da Ametade, a monumental escultura na pedra conhecida como Sra. da Boa Estrela, no Covão do Boi, a Lagoa Comprida e a cascata e fonte Paulo Luís Martins. Este percurso permite descobrir vários geossítios. Com efeito, há cerca de 20.000 anos espessas camadas de gelo cobriam as zonas mais altas. Lentamente, os glaciares foram deslizando e arrastaram blocos de granito, alguns gigantescos, escavando vales em U. Em alguns locais originaram-se depressões, aqui conhecidas como covões, que, quando mal drenadas, originaram lagoas naturais, algumas convertidas em aproveitamentos hidroelétricos. Os diferentes tipos de rochas, as falhas e fraturas, originaram cascatas e fontes de água fresca. Num território onde abunda o granito, os monumentos são espelho dessa realidade geológica, pelo que veja os abrigos de pastores e as casas construídas usando grande blocos de pedra, bem como os pelourinhos e igrejas. Admire os socalcos, construídos à força de braços para evitar a erosão e aproveitar os solos, sem esquecer as pastagens de montanha e os campos de centeio (cereal de altitude). Apesar de bastante alterada pela ocupação humana e fogos, a vegetação apresenta ainda aspectos interessantes como sejam bosques de bétulas (as noivas da floresta, dada a sua casca branca) e alguns teixos (árvore em tempos usada para fabricar arcos). À medida que subimos na serra, a vegetação vai rareando, mas o seu valor natural aumenta, surgindo os cervunais (zonas com a gramínea cervum Nardus stricta), os zimbrais rentes ao solo (Juniperus communis ssp alpina) e as turfeiras, todos habitats protegidos a nível europeu. Animais como a lagartixa-de-montanha (Lacerta monticola), a gralha-de-bico-vermelho, o bufo-real e a águia-cobreira (entre as cerca de 150 espécies de aves aqui registadas) encontram aqui um local para viverem, o mesmo sucedendo com espécies que dependem de cursos de água límpida, como o Melro-de-água (Cinclus cinclus), a Toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), o musaranho-de-água (Neomys anomalus) e a lontra. Outros animais como o gato-bravo, ginetas, fuinhas e texugos também podem ser vistos nestas paragens. Conheça o cão “Serra da Estrela”, companhia imprescindível dos pastores, meigo, mas corajoso na defesa dos rebanhos de ovelhas, muitas da raça “Bordaleira Serra da Estrela”, produtoras de lã, que alimenta a reputada indústria de fiação da serra, e do leite essencial ao fabrico de um dos marcos gastronómicos da região “o queijo da Serra”. Valhelhas, localizada num vale fértil com o rio Zêzere e a ribeira de Famalicão, é uma povoação muito antiga que pertenceu aos Templários, pelo que pode aproveitar, quer para descobrir o que resta do património e casas senhoriais quer para passar uns bons momentos na praia fluvial. Em Manteigas, visite o Bairro fabril, junto da antiga fábrica de lanifícios, a Igreja de São Pedro e outros monumentos. Descanse, exercite-se ou merende no Parque de Lazer de S. Sebastião e, se é fã das 2 rodas, visite o Centro de BTT. Esta é uma vila típica de montanha com cerca de 2.800 habitantes (o concelho tem cerca de 3.400), que se dedicam essencialmente à atividade agrosilvopastoril, à produção de têxteis (que sofreu uma regressão, mas que está a ressurgir com projetos inovadores), à serração e água, à atividade turística e serviços. Situada no vale do rio Zêzere, fica rodeada por um magnífico cenário de montanhas. Na primavera, tente ver os casais de andorinhão-pálido (Apus pallidus) e de andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestres) que ali nidificam. Em Seia, visite os Museus do Pão, da Eletricidade, do Brinquedo, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), que permite uma boa compreensão de toda esta zona de montanha, a capela de S. Pedro e a igreja da Misericórdia, entre outros monumentos. Aproveite para participar nas muitas festas e romarias e saborear a boa gastronomia e petiscos da região, tais como os enchidos, a broa de centeio ou de milho e o queijo da Serra. Prove o caldudo (um caldo de castanhas piladas, i.e. secas), as trutas, as feijocas de Manteigas guisadas, lambicada de cabrito, o cozido à serrana, as febras de porco em vinha d’alho ou o feijão cozido no forno, sem esquecer a chanfana, a sopa seca, as migas, o borrego guisado, o cabrito assado no forno, os matrafões e as sobremesas, como o requeijão com doce de abóbora, o arroz doce, o bolo de crista, os bolos de leite, as cavacas, os esquecidos, o bolo regional, o bolo doce de Páscoa ou as castanhas assadas com jeropiga.

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Em dias com neve, antes de efetuar este passeio, saiba se o acesso à Torre está aberto. As estradas deste percurso são relativamente estreitas, por isso tenha cuidado acrescido. Coloque a segurança em primeiro lugar! Praticamente todo o percurso está inserido no Sitio de Interesse Comunitário “Serra da Estrela”, incluído na Rede Natura 2000, e parte dele atravessa o Sítio Ramsar “Planalto da serra da Estrela e troço superior do rio Zêzere”, i.e. uma zona húmida de interesse internacional para as aves. O “Planalto central da serra da Estrela” é Reserva Biogenética, por isso, se tiver, faça-se acompanhar de máquina fotográfica e binóculos e tenha cuidado para não pisar as plantas nem afugentar os animais, afinal são eles que dão beleza à Estrela! Trata-se de um trajeto automóvel circular, pelo que pode ser iniciado em qualquer ponto. Aconselhamos a que o realize em diferentes estações do ano, dado que a serra é muito diferente com ou sem neve. A rota passa por Manteigas, Seia e várias aldeias de montanha, museus, geossítios e outros elementos naturais, paisagísticos e culturais, desenvolvendo-se principalmente em território dos municípios de Manteigas e de Seia, ao longo do planalto superior da serra da Estrela. Permite visitar alguns dos pontos mais emblemáticos da serra, como o planalto da Torre, o vale do Rossim, as Penhas Douradas, os vales glaciares do Zêzere e de Alforfa, a Nave de Sto. António, os Cântaros, o Covão da Ametade, a monumental escultura na pedra conhecida como Sra. da Boa Estrela, no Covão do Boi, a Lagoa Comprida e a cascata e fonte Paulo Luís Martins. Este percurso permite descobrir vários geossítios. Com efeito, há cerca de 20.000 anos espessas camadas de gelo cobriam as zonas mais altas. Lentamente, os glaciares foram deslizando e arrastaram blocos de granito, alguns gigantescos, escavando vales em U. Em alguns locais originaram-se depressões, aqui conhecidas como covões, que, quando mal drenadas, originaram lagoas naturais, algumas convertidas em aproveitamentos hidroelétricos. Os diferentes tipos de rochas, as falhas e fraturas, originaram cascatas e fontes de água fresca. Num território onde abunda o granito, os monumentos são espelho dessa realidade geológica, pelo que veja os abrigos de pastores e as casas construídas usando grande blocos de pedra, bem como os pelourinhos e igrejas. Admire os socalcos, construídos à força de braços para evitar a erosão e aproveitar os solos, sem esquecer as pastagens de montanha e os campos de centeio (cereal de altitude). Apesar de bastante alterada pela ocupação humana e fogos, a vegetação apresenta ainda aspectos interessantes como sejam bosques de bétulas (as noivas da floresta, dada a sua casca branca) e alguns teixos (árvore em tempos usada para fabricar arcos). À medida que subimos na serra, a vegetação vai rareando, mas o seu valor natural aumenta, surgindo os cervunais (zonas com a gramínea cervum Nardus stricta), os zimbrais rentes ao solo (Juniperus communis ssp alpina) e as turfeiras, todos habitats protegidos a nível europeu. Animais como a lagartixa-de-montanha (Lacerta monticola), a gralha-de-bico-vermelho, o bufo-real e a águia-cobreira (entre as cerca de 150 espécies de aves aqui registadas) encontram aqui um local para viverem, o mesmo sucedendo com espécies que dependem de cursos de água límpida, como o Melro-de-água (Cinclus cinclus), a Toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), o musaranho-de-água (Neomys anomalus) e a lontra. Outros animais como o gato-bravo, ginetas, fuinhas e texugos também podem ser vistos nestas paragens. Conheça o cão “Serra da Estrela”, companhia imprescindível dos pastores, meigo, mas corajoso na defesa dos rebanhos de ovelhas, muitas da raça “Bordaleira Serra da Estrela”, produtoras de lã, que alimenta a reputada indústria de fiação da serra, e do leite essencial ao fabrico de um dos marcos gastronómicos da região “o queijo da Serra”. Valhelhas, localizada num vale fértil com o rio Zêzere e a ribeira de Famalicão, é uma povoação muito antiga que pertenceu aos Templários, pelo que pode aproveitar, quer para descobrir o que resta do património e casas senhoriais quer para passar uns bons momentos na praia fluvial. Em Manteigas, visite o Bairro fabril, junto da antiga fábrica de lanifícios, a Igreja de São Pedro e outros monumentos. Descanse, exercite-se ou merende no Parque de Lazer de S. Sebastião e, se é fã das 2 rodas, visite o Centro de BTT. Esta é uma vila típica de montanha com cerca de 2.800 habitantes (o concelho tem cerca de 3.400), que se dedicam essencialmente à atividade agrosilvopastoril, à produção de têxteis (que sofreu uma regressão, mas que está a ressurgir com projetos inovadores), à serração e água, à atividade turística e serviços. Situada no vale do rio Zêzere, fica rodeada por um magnífico cenário de montanhas. Na primavera, tente ver os casais de andorinhão-pálido (Apus pallidus) e de andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestres) que ali nidificam. Em Seia, visite os Museus do Pão, da Eletricidade, do Brinquedo, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), que permite uma boa compreensão de toda esta zona de montanha, a capela de S. Pedro e a igreja da Misericórdia, entre outros monumentos. Aproveite para participar nas muitas festas e romarias e saborear a boa gastronomia e petiscos da região, tais como os enchidos, a broa de centeio ou de milho e o queijo da Serra. Prove o caldudo (um caldo de castanhas piladas, i.e. secas), as trutas, as feijocas de Manteigas guisadas, lambicada de cabrito, o cozido à serrana, as febras de porco em vinha d’alho ou o feijão cozido no forno, sem esquecer a chanfana, a sopa seca, as migas, o borrego guisado, o cabrito assado no forno, os matrafões e as sobremesas, como o requeijão com doce de abóbora, o arroz doce, o bolo de crista, os bolos de leite, as cavacas, os esquecidos, o bolo regional, o bolo doce de Páscoa ou as castanhas assadas com jeropiga.
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Centro
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Gouveia
Manteigas
Seia
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Parque Natural da Serra da Estrela
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Centro de Informação de Manteigas
Centro de Interpretação da Torre - encerrado temporariamente
Centro de Interpretação da Serra da Estrela - CISE
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Montanha
Rios e Troços Fluviais
Caraterização Base
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PTCON0014 Serra da Estrela
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Património natural
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Sítio Ramsar "Planalto da Serra da Estrela e troço superior do rio Zêzere". Reserva Biogenética "Planalto da serra da Estrela".
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ICNF, I.P.
Caraterização do Percurso
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De automóvel
Em função do acesso à serra da Estrela, o circuito pode ser iniciado em qualquer local do trajeto.
Acesso a Valhelhas, a partir de:
- Manteigas (16,3 km) ou Seia (46,0 km) – N232. Nota- se preferir pode começar o percurso em qualquer uma destas vilas;
- Covilhã (23,5 km) – N18 (direção Belmonte) seguida da N232;
- Guarda (26,9 km) – N18-1
- Castelo Branco (89 km) – A23/ E802 saia para Belmonte. Siga pela N232;
- Viseu (91 km) - N231 para Seia, N339 para a N232 para Manteigas, continuando na N232 até ao destino;
- Espanha por Vilar Formoso (70,1 km) - A25 e A23. Saia para Belmonte e siga depois pela N232.
Autocarros em Manteigas e Seia.
GPS: 40.407211, -7.402092
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Não
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Veiculo motorizado
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Valhelhas
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Valhelhas
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117 km.
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Todo o ano. Partes do trajeto poderão estar interditas devido à neve.
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1 dia
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1.492 m (501 a 1.993 m)
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Circular
Apoios no local
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Painéis explicativos em alguns pontos do percurso.
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Parque de merendas em Manteigas, Seia, Covão da Ametade. Combustível, farmácias e mercado em Manteigas e Seia. Lojas com produtos regionais em várias localidades.
De automóvel
Em função do acesso à serra da Estrela, o circuito pode ser iniciado em qualquer local do trajeto.
Acesso a Valhelhas, a partir de:
- Manteigas (16,3 km) ou Seia (46,0 km) – N232. Nota- se preferir pode começar o percurso em qualquer uma destas vilas;
- Covilhã (23,5 km) – N18 (direção Belmonte) seguida da N232;
- Guarda (26,9 km) – N18-1
- Castelo Branco (89 km) – A23/ E802 saia para Belmonte. Siga pela N232;
- Viseu (91 km) - N231 para Seia, N339 para a N232 para Manteigas, continuando na N232 até ao destino;
- Espanha por Vilar Formoso (70,1 km) - A25 e A23. Saia para Belmonte e siga depois pela N232.
Autocarros em Manteigas e Seia.
GPS: 40.407211, -7.402092