• O tema deste percurso circular, com placas direcionais, é a linha de água. Primeiro, a Barroca de Degraínhos, depois a ribeira de Enxudro. Assim, quem percorre este caminho é convidado(a) a perceber como, durante séculos, a vida se organizou à volta da ribeira. Como pontos de interesse tem a aldeia de Pardieiros (a única inserida na Área Protegida), a Fraga da Pena, a Quinta da Mizarela, o vale da ribeira de Enxudro, antigo caminho de acesso a Sardal, e diversas estruturas agrícolas tradicionais. O percurso começa por um antigo caminho que acompanha de perto o curso da Barroca de Degraínhos até à Quinta da Mizarela. Este troço passa por cima da Fraga da Pena, sendo possível observar as diferentes espécies da galeria ripícola (i.e. da vegetação da margem do curso de água). A Fraga da Pena é um acidente geológico atravessado pela Barroca de Degraínhos, originando um conjunto de quedas de água sucessivas. Nas suas margens existem alguns antigos exemplares de carvalho-alvarinho (Quercus robur) e de castanheiro (Castanea sativa), para além do medronheiro (Arbutus unedo), do trovisco (Daphne gnidium) e dos adernos (Phillyrea latifolia e P. angustifolia). Na Quinta da Mizarela encontram-se algumas casas em xisto que já foram uma importante quinta agrícola. A atestá-lo estão as quelhadas agrícolas em socalcos que rodeiam a quinta e acompanham depois o fundo do vale. Continuando a caminhar encontra-se, na encosta do lado esquerdo do percurso, uma estrutura em xisto, circular e de dimensões consideráveis. Localmente é conhecida como “curral dos mouros”. Em tempos já remotos, estas estruturas serviam para proteger os cortiços de abelhas do ataque dos animais. Em Entre Águas, local assinalado por painel informativo, a ribeira de Enxudro e a ribeira de Sardal encontram-se, dando origem à Barroca de Degraínhos. O percurso segue um dos antigos caminhos utilizados para aceder a Sardal. O regresso a Pardieiros faz-se pela estrada florestal que segue para o lado esquerdo. As referências a esta aldeia, na freguesia de Benfeita e concelho de Arganil, remontam a 1527. Consta que, em tempos, se chamava Valverde, tomando apenas o nome de Pardieiros (i.e. casas em ruínas), após uma epidemia de febre tifóide. A aldeia é conhecida pelo fabrico manual de colheres de pau, sendo ainda possível observar artesãos a esculpir pedaços de madeira. No passado, a localidade chegou a ter 30- 35 colhereiros a tempo inteiro, sendo uma importante atividade económica a que se dedicavam os homens. O fabrico de tamancos e tamancas, de gamelas e de cestos e a tecelagem também aqui existiram, estando hoje extintos. Nota: Enxudro e Sardal são os nomes de duas aldeias que ficam perto do percurso e que dão o nome às ribeiras que passam junto a elas.
  • Centro

  • Arganil

  • Paisagem Protegida da Serra do Açor

  • Centro de Interpretação da Serra do Açor

  • PTCON0051 Complexo do Açor

  • Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.

  • Acesso:

    - N 17 (estrada da Beira), desvio para Coja; ou

    - N 334 e desvio para Benfeita.

     

    GPS: 40.223129, -7.934157

  • Sim

  • Junto a Pardieiros.
  • Junto a Pardieiros.
  • 4,6 km

  • Todo o ano

  • 3:30 h

  • 197 m (entre os 413 e os 610 m)

  • Difícil

  • Circular

  • Todos os grupos

  • Mau

  • Painel informativo no início e marcos direcionais ao longo do percurso.

Pontos de Interesse

Em Pardieiros, no último sábado de agosto, começando na 5ª feira anterior, decorrem as festas dedicadas a São Nicolau e N. Sra. da Saúde, sendo que o grupo de Bombos de S. Nicolau costuma alegrar a festa.

Acessos

Acesso:

- N 17 (estrada da Beira), desvio para Coja; ou

- N 334 e desvio para Benfeita.

 

GPS: 40.223129, -7.934157

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