PR1 ARR Percurso da Esperança

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Montes e vales, olival e montado… Casas baixas, terras grandes… Alentejo… Um ribeiro, que é fronteira, une Portugal e Espanha. Uma vereda, que é caminho, separa hortas e latifúndios. Pinturas na pedra aproximam-nos de quem por aqui viveu há 3000 anos. Em cada tempo, um som. Em cada som um significado: o chilrear dos pássaros; a voz do(a) pastor(a); o coaxar da rã; o balido da ovelha; e o sussurrar do vento. Em Esperança, a igreja, as casas e as gentes são sinais indeléveis da sua autenticidade. Sede de freguesia do concelho de Arronches, Esperança é uma povoação de características tipicamente alentejanas, onde é possível conhecer a harmoniosa Igreja e as casas baixas, caiadas e com faixas de cores, com grandes chaminés. Do ponto de vista geomorfológico, a região que o percurso atravessa estabelece a transição entre a serra de S. Mamede e a planície alentejana. O montado, com excelente aspeto, assume particular importância na região associada a montes de dimensões razoáveis. Merecem também referência alguns olivais e pequenas hortas. Entre a serra dos Louções, a Barroca do Sapo e o Monte do Carcavão encontramos zonas mais planas, onde gado ovino e bovino pastam em áreas adequadamente delimitadas. O Marco é uma localidade raiana junto ao riacho do Abrilongo. Esta corrente de águas faz as vezes de fronteira luso-espanhola ao longo de uma considerável extensão. As Pinturas Rupestres do Vale de Junco estão situadas no lado SO da serra de Louções, num refúgio rochoso. São pinturas em tons geralmente vermelhos, que representam, essencialmente, silhuetas humanas e desenhos de mãos e de animais, devendo remontar a 2500-3000 a.C.