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Bem próximas da bonita vila de Marvão, em pleno Alentejo, no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede, as ruínas da cidade romana de Ammaia localizam-se numa zona de grande beleza, atestando a sua grandeza patrimonial.

Ammaia terá sido fundada em finais do séc. I a.C. e sobrevivendo, enquanto unidade urbana, durante 6 séculos, formando hoje formam um dos exemplares mais significativos da civilização romana no norte Alentejano. Em 1995 iniciaram-se as escavações arqueológicas que colocaram a descoberto cerca de 3.000 m², pensando-se que a área original da cidade contaria com cerca de 25 ha. A coordenação científica dos trabalhos arqueológicos tem estado, desde então, a cargo da Universidade de Évora e, como resultado dessa intervenção, é hoje possível observar nas ruínas de Ammaia um importante conjunto monumental que inclui o Forum, principal centro da vida política, económica, social e religiosa da região, bem como um complexo termal com diversas estruturas associadas.

O curioso destas ruínas é que nos séculos V e IX terão sofrido os efeitos de um cataclismo que terá soterrado a parte baixa da malha urbana, pertencendo assim a uma das poucas cidades do império que, por efeitos provavelmente naturais, ficou conservada e sobre a qual não se desenvolveram outras urbanizações ao longo da história.

O Museu possui uma exposição permanente com elementos da cultura material romana: Epigrafia; O Quotidiano Ammaiense; Atividades Económicas; e Arquitetura. Ali existe ainda o laboratório de Conservação e Restauro.

Com o intuito de salvaguardar este património, em 1997 foi constituída legalmente a Fundação Cidade de Ammaia, proprietária dos terrenos onde se localiza grande parte da área que as ruínas ocupam.