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Joaquim Martins Correia (1910-1999), artista plástico modernista, "escultor da cor" e pintor, nasceu na Golegã doando a este museu, cerca de 600 peças da sua autoria, incluindo esculturas, azulejos, desenhos, gravuras e medalhas. Para além de obras deste mestre, este museu possui ainda um espaço, com obras de outros artistas, seus amigos e alunos.

Órfão desde tenra idade (os pais morreram com a chamada “Pneumónica”), cedo entrou na Casa Pia de Lisboa, prosseguindo os seus estudos nas Belas Artes onde fez o curso de desenho, graças a uma bolsa. O gosto pelo desenho, facilitou-lhe a aproximação à escultura. Trabalhou seguidamente como professor e artista, desenvolvendo então a sua grande paixão: o trabalho do bronze. Todavia, revelando ser eclético tem obras em serigrafia, pedra, barro (cozido e vidrado), bem como pinturas. Temas recorrentes na sua obra são, porém, os cavalos, os touros, a terra e a mulher, evidenciando a ligação profunda do artista às suas origens ribatejanas e lusas.

Apesar de durante a sua vida não gostar de se desfazer das suas obras, existem esculturas suas um pouco por todo o país, desde a Golegã, à Figueira da Foz, a Lisboa (caso da estátua de Garcia de Orta, no Instituto de Medicina Tropical ou da estátua “Pomona” na estação de metro de Picoas), Castelo Branco, Leiria, Viseu, Porto, Vila Franca de Xira… Também no estrangeiro, em Goa (Índia), na Terra Nova (Canadá), Osaka (Japão) …

Foi distinguido com a Ordem de Santiago e Oficial da Ordem de Instrução Pública, e com muitos outros prémios, entre outros, o da Sociedade Nacional de Belas Artes e Academia Nacional de Belas Artes, da qual foi Vogal honorífico.

Nunca se deve arrancar uma árvore para aí colocar uma escultura – princípio de mestre Martins Correia in Escultura Pública. Poética do Escultor Martins Correia por António José Lopes Coelho, p. 7