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Conhecida como Casa Senhorial d’El Rei D. Miguel, pois, supostamente, este rei terá ali ficado no período da Revolução Liberal, situa-se perto do cruzamento de 2 importantes vias romanas, vindas de Santarém e de Lisboa, sendo que, na época medieval, esta zona estaria no limite sul da malha urbana da então aldeia de Rio Maior. No séc. XVI, esta era a área habitacional preferida pelos abastados, atraindo, também, artesãos e comerciantes. Com origem na Idade Média esta casa teve o seu esplendor na 2ª metade do séc. XVIII, do qual mantém as principais características. É tipicamente uma Casa Senhorial do Alto Ribatejo, de fachadas barrocas, com uma pequena capela privativa, com piso superior (andar nobre) residencial e piso térreo destinado à cozinha, a arrumos diversos e aos animais.

Um dos seus principais interesses histórico-culturais são os tetos em maceira, pintados (retirados para restauro), tendo um, as armas reais. Estudos arqueológicos descobriram vestígios que vão do período romano ao séc. XX, incluindo restos de um forno romano e de um enterramento, possivelmente do mesmo período, vestígios de casas medievais (séc. XV), um silo, um enterramento de uma criança (por datar) e uma alfaiataria do séc. XIV.

Possui uma exposição permanente sobre o espólio da Villa romana de Rio Maior composto essencialmente por peças indicadoras do grande luxo e riqueza dos proprietários, incluindo fragmentos de, pelo menos, 5 estátuas, uma delas de escala natural, e ainda uma peça quase intacta: a Ninfa fontanária de Rio Maior. Fragmentos de terra sigillata, (cerâmica importada “chique” da época), na sua maioria de produção norte-africana, fragmentos de objetos de vidro (copos, taças, jarros, unguentários, etc.), de bronze e algumas moedas.

A partir daqui iniciam-se as visitas à Villa romana.