• Fórnia

  • Lisboa e Vale do Tejo

  • Porto de Mós

  • Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros

  • Não

  • Acesso à base da Fórnia a partir de:

    - Alcanena (± 22 km) pela N365 até Moitas Vendas. Siga depois pela N243 para Alcaria.

    - Porto de Mós (± 6,5 km) pela N243 para Zambujal de Alcaria.

     

    Em Alcaria, siga os sinais para a Fórnea.

    GPS: 39.558333, -8.805278

     

    Acesso ao topo da Fórnea, a partir de:

    - Alcanena (± 21 km) pela N365 até Moitas Vendas. Corte à esquerda para a R. da Fonte na direção de Serra de Sto. António / Serro Ventoso*. Antes de Chão das Pias encontra um caminho, para acesso a pé, não sinalizado para a Fórnea. Pergunte aos moradores.

    - Porto de Mós (± 10 km) pela N362 até Serro Ventoso. *Na entrada de Serro Ventoso tome a R. do Moinho seguida da R. Principal. Após Chão das Pias existe um caminho a pé, não sinalizado para acesso ao topo da fórnea.

     

    GPS: 39.556731, -8.807993

  • Trata-se de um dos mais belos e imponentes anfiteatros naturais existentes em Portugal, quer observando-se da sua base (PR9) quer do topo, com acesso a partir de Chão das Pias.

    A fórnia resulta da conjugação de vários fatores, sendo que um dos mais importantes está relacionado com a ação erosiva da ribeira da Fórnia, que entalhou a sua cabeceira nas formações margo-calcárias do Jurássico Inferior – base do Jurássico Médio, escavando esta estrutura com mais de 200 m de altura e cerca de 500 m de diâmetro. Para o modelado das suas vertentes contribuíram também processos relacionados com o efeito conjunto do gelo e neve, herdados de períodos climáticos mais frios do que os atuais, sendo possível observar cascalheiras que formam depósitos de vertente e depósitos de crioclastos. Da fórnea brotam várias nascentes temporárias, sendo a mais conhecida a da Cova da Velha.

    Este local possui um interesse biostratigráfico extremamente elevado, devido à informação contida na série litológica que aflora desde o leito e ao longo dos flancos do vale. Esta sequência de rochas sedimentares, com várias centenas de metros de espessura, foi depositada em ambiente marinho relativamente profundo (mares do Jurássico, precursores do oceano Atlântico, que ocupavam toda a região).

     

    Clasto – detrito ou fragmento de rocha.

    Crioclasto – fragmento de rocha resultante da quebra de rochas preexistentes devido a muito baixas temperaturas.

    Estratigrafia – parte da geologia que estuda e descreve os estratos das rochas sedimentares, quer como se formam e ocorrem na crosta terrestre quer a sua organização em unidades cartografáveis. A partir das propriedades daquelas rochas, desde a litologia ao seu conteúdo em fósseis, tenta estabelecer a sua distribuição e sucessão no espaço e no tempo reconstruindo, assim, a História da Terra.

    Jurássico - período geológico no qual dominaram os dinossáurios e em que o desenvolvimento da vegetação era abundante. Durou cerca de 54 milhões de anos, sensivelmente entre 208 a 144 milhões de anos atrás.

    Marga – rocha sedimentar que, em partes mais ou menos iguais, tem uma componente carbonatada e uma argilosa.

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