Algar da Aderneira
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Algar da Aderneira
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Lisboa e Vale do Tejo
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Santarém
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Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
Identificação e Acessos
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Não
Caraterização Base
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Se em Portugal houvesse uma gruta lendária esta teria certamente este estatuto, muito embora a sua importância espeleológica à luz do conhecimento atual seja reduzida. Aqui, como em outros algares profundos da região, é crença popular que em tempos indefinidos alguém terá colocado um cão ou um gato dentro de um cortiço e após o ter lançado nas entranhas da cavidade, este terá aparecido dias depois a boiar na Nascente do Alviela. A razão de tão insólita traçagem prende-se com o facto de ser voz comum que em certas alturas do ano ouvia-se o som de água a correr vindo do seu interior.
O Algar da Aderneira abre-se em calcários do jurássico médio à cota aproximada de 285 metros. Apesar da sua ampla entrada, a progressão não ultrapassa os 40 m de profundidade, impedida por um imenso cone de blocos. Tendo-se admitido que as águas que correriam no seu interior estariam relacionadas com a nascente dos Olhos de Água do Alviela, foi instalado um gradeamento em ferro no primeiro terço do século XX, com o objetivo de impedir o lançamento de gado morto para o interior do algar, prática muito comum nas regiões cársicas humanizadas e que perdurou em Portugal até um passado recente. Estudos levados a cabo no início do presente século permitiram interpretar esta cavidade como elemento de circulação freática antiga.
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Local