Geófito rizomatoso, i.e. possui gemas vegetativas no sistema subterrâneo, armazenando aí nutrientes e podendo rebentar a partir do rizoma (caule subterrâneo). Aliás, a reprodução por esta forma (vegetativa) tem mais sucesso do que a por germinação. Na estação desfavorável, a parte aérea seca, ficando apenas a parte subterrânea de onde depois saem as folhas na época favorável. O fruto é uma cápsula mitriforme (i.e. em forma de mitra) o que a distingue de outras espécies do mesmo género. Floresce de abril a maio e frutifica de maio a junho.

Vertente norte da serra da Gardunha (530 aos 810 m) em sub-bosque de carvalhais de carvalho-alvarinho (Quercus robur) ou carvalho-negral (Q. pyrenaica) ou mesmo de castinçais (mata de castanheiros cultivados para a obtenção de estacas) bem conservados, mais ou menos abertos atingindo frequentemente a orla desses bosques. Por vezes, em taludes ou “cômoros” de cerejais onde não sejam aplicados herbicidas ou à beira dos caminhos.